18/03/2009

Crónicas de Maconde I

Na sequência do diálogo mantido com o nosso amigo Aureliano, a equipa Mundo Nu e Cru decidiu ir conhecer a localidade de Maconde. O plano era simples: ir para um café de Maconde beber minis.

Após chegar, dirigimo-nos rapidamente para a melhor e única tasca existente, propriedade do Sr. Martins, homem aí de uns 45 anos, que nos deu a conhecer os aspectos mais interessantes da localidade. Após servir-nos quatro minis, ele próprio encetou conversa:

- Ora aqui estão as minis. Os senhores não são de cá, pois não?
- Não não, somos de fora. Viemos de propósito para conhecer a terra.
- Ah bom. Então e precisam de ajuda?
- Olhe por acaso gostávamos de lhe perguntar algumas coisas, se for possível.
- Se eu puder ajudar...
- Então diga-me uma coisa: quando chegámos, reparámos numa quantidade enorme de viúvas um pouco por todo o lado...
- Ah sim. São muitas não são? A maioria é de fora, mudaram-se para aqui após os seus maridos terem falecido. Não param de chegar, sempre vestidas de preto, tanto que algumas pessoas, por brincadeira, costumam dizer que Maconde é a capital mundial das velhinhas góticas.
- Mas por alguma razão em especial? Há cá muito emprego?
- Não, nem por isso. É um caso insólito. É por causa do Dr. Dias.
- Do Dr. Dias?
- Sim, do Dr. Rudolfo Dias. Um homem riquíssimo, o mais rico nesta zona.
- Ah ok, muito bem.... mas o que é que ele tem de particular? É assim tão bom em medicina geral?
- Ah não, ele não exerce medicina geral, ele é ginecologista.
- Tudo bem, mas ele é assim tão bom?
- Não, por acaso até dizem que é péssimo como médico, mas sofre de uma forma particularmente agressiva de Parkinson. Algumas viúvas chegam a marcar duas consultas por dia.... o homem está rico.
- OK.... olhe, são quatro minis se faz favor.

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